Epifania – aparição de Jesus entre os homens.
No Antigo Testamento Deus aparecera muitas vezes e de
diversas maneiras. Muitas pessoas tiveram o privilégio de vê-Lo, fosse em
sonhos ou visões.
Esta aparição provocou alteração na vida dos que O
viram:
Os magos que vieram do Oriente, mesmo sendo não
judeus, conforme estava previsto, converteram-se ao Deus dos judeus e
entregaram-lhe ofertas: por perceberem que se tratava do Rei soberano,
ofertaram-lhe ouro; que se tratava de Deus, incenso; que se tratava de homem,
entregaram mirra.
O texto de Mateus 2.1-12, nos diz que vindos do
Oriente, voltaram às suas terras levando consigo algo diferente, enquanto que
no Palácio, o rei Herodes, demonstrou o que era mais importante: o poder ao
amor; sua fúria o levou a matar inocentes, apavorar os habitantes de seu reinado.
No entanto, Isaías 60.1-6, ao falar da reconstrução de
Jerusalém, dá entender o que a aparição do Senhor trouxe aos seus habitantes.
O povo que vivia tempos de angústia e opressão podia
esperar ser reconstruído, e novamente resgatar sua dignidade e a paz. Todos são
chamados a se levantar, pois um grito os desperta: “Dispõe-te e resplandece”. A
tristeza não tem mais sentido, a miséria chegou ao fim, fraqueza é coisa do
passado.
É o Senhor que aparece e ilumina com a Sua luz, por
isso o profeta diz: “Dispõe-te. Fique em pé. A luz do Senhor é a sua salvação. Quando Deus
aparece Ele salva e todos ficam cheios de alegria”.
O mesmo se deu com os pastores: ao verem o menino
voltaram, “glorificando e louvando a Deus, por tudo o que tinham ouvido e
visto” – Lc. 2.20, pois ouviram a mensagem do anjo do Senhor - “não temais; eis
que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” – Lc.
2.10.
A aparição do Senhor comove a todos: aqueles que
levantam os olhos O enxergam. Todos que crêem no Senhor ficam “radiantes de
alegria”. O Senhor aparece como a luz do sol que afugenta as trevas da noite.
Todos querem a Sua luz, a Sua salvação.
Uma alegria tão grande que faz com que todos esqueçam
os tempos difíceis que viviam. A cidade governada por príncipes e reis
opressores, sem perspectivas de futuro, ao ver o Senhor passará por uma
transformação, “o teu coração estremecerá e se dilatará de júbilo” – Is. 60.5.
O coração que antes estava paralisado diante das
aflições e tristezas, e apertado devido às apreensões que vivia, agora pulará e
se abrirá de júbilo e alegria. Uma experiência de prazer.
Para o apóstolo Paulo, esta aparição se deu em Cristo,
que como um segredo, antes restrito aos profetas, agora é para todos que
levantam os olhos. Privilégio não só para os judeus, mas também aos não-judeus.
A promessa de Deus é estar junto de todos os homens, e isto pode nos dar um
imenso prazer e alegria – Ef. 3.2-6.
Para o Salmista, a aparição do Senhor significa que
Ele está com Seu povo para julgar as causas dos aflitos, proteger como os
montes protegem a cidade, pois como está no alto não é atingida pelos inimigos,
salvar das necessidades.
Sua aparição é para sempre, jamais os deixará - “Ele
permanecerá enquanto existir o sol e enquanto durar a lua, através das
gerações” – Salmo 72.5.
Sua aparição faz o “justo florescer” – Sl. 72.7 – porque
Ele acode ao necessitado que clama e também ao aflito e ao desvalido. Ele tem
piedade do fraco e do necessitado e salva a alma dos indigentes – Salmo
72.12-13.
Se quisermos compreender espiritualmente este registro, a psicologia de Carl Gustav Jung nos ajuda, levando em conta a seguinte observação:
Mais do que um ponto defendido pela confissão religiosa, a aparição de Deus é um fator metafísico, isto é, extramundano, fora dos padrões comuns da ordem de todas as coisas.
As pessoas que vivenciaram a experiência do Menino em Belém, não estiveram diante de uma mensagem convencional nem moral, transformando-a em uma doutrina ou dogma, mas estiveram face a face com o Sagrado. Eles não partiram para uma codificação da experiência. Antes, a experiência extramundana passou a ser o maior ponto de referência de suas vidas. Na ausência de um dogma a ser seguido, eles preferiram guardar a experiência viva, pois não podiam transformar aquele acontecimento um hábito que poderia ser repetido, como um evento social, mas sim, porque a experiência deu-lhes uma nova estrutura de vida.
Suas vidas passaram a ser determinadas não mais pelas suas opiniões pessoais ou pelas convenções sociais, culturais, familiares, econômicas que viviam, mas por terem se encontrado com uma "autoridade transcendente", isto é, por algo que não se encontrava em nenhum dado natural, terreno e conhecido, que poderiam fazê-lo repetir-se indefinidamente.
Como afirma Jung:
"O que fundamenta a autonomia e a liberdade do indivíduo, antes de qualquer máxima ética ou confissão ortodoxa, é, única e exclusivamente, a consciência empírica, ou seja, a experiência unívoca de uma dinâmica de relacionamento pessoal entre o homem e uma instância extramundana que se apresenta como um contrapeso ao “mundo e sua razão" (Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 10. Obras completas V. X/1, par. 509).
Se quisermos compreender espiritualmente este registro, a psicologia de Carl Gustav Jung nos ajuda, levando em conta a seguinte observação:
Mais do que um ponto defendido pela confissão religiosa, a aparição de Deus é um fator metafísico, isto é, extramundano, fora dos padrões comuns da ordem de todas as coisas.
As pessoas que vivenciaram a experiência do Menino em Belém, não estiveram diante de uma mensagem convencional nem moral, transformando-a em uma doutrina ou dogma, mas estiveram face a face com o Sagrado. Eles não partiram para uma codificação da experiência. Antes, a experiência extramundana passou a ser o maior ponto de referência de suas vidas. Na ausência de um dogma a ser seguido, eles preferiram guardar a experiência viva, pois não podiam transformar aquele acontecimento um hábito que poderia ser repetido, como um evento social, mas sim, porque a experiência deu-lhes uma nova estrutura de vida.
Suas vidas passaram a ser determinadas não mais pelas suas opiniões pessoais ou pelas convenções sociais, culturais, familiares, econômicas que viviam, mas por terem se encontrado com uma "autoridade transcendente", isto é, por algo que não se encontrava em nenhum dado natural, terreno e conhecido, que poderiam fazê-lo repetir-se indefinidamente.
Como afirma Jung:
"O que fundamenta a autonomia e a liberdade do indivíduo, antes de qualquer máxima ética ou confissão ortodoxa, é, única e exclusivamente, a consciência empírica, ou seja, a experiência unívoca de uma dinâmica de relacionamento pessoal entre o homem e uma instância extramundana que se apresenta como um contrapeso ao “mundo e sua razão" (Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 10. Obras completas V. X/1, par. 509).
Sugestão: após as leituras bíblicas, ore!
Isaías 60.1-6
Admitimos que não andamos na luz do Senhor que brilha
diante de nós, na pessoa de Jesus Cristo. Reconhecemos que não vemos que o
Senhor está sobre nós, apesar de tantos sinais, porque nosso coração está
fechado no egoísmo, na teimosia e na falta de vontade de servi-Lo. Confessamos
que nossos olhos e rostos são voltados mais à desobediência que ao temor; mais
à infidelidade que ao serviço; mais à opressão que ao amor solidário.
Salmo 72
Deus nos perdoa para reinar soberanamente sobre todos
nós. Deus nos perdoa porque somos pobres e nos socorre em nossas necessidades,
para não ficarmos abandonados a nós mesmos e aos nossos pecados. Deus nos
perdoa porque somos preciosos aos Seus olhos, por isso nos salva da exploração
e da violência que somos capazes de cometer uns contra os outros. Deus nos
perdoa para brilhar sobre nós a luz do Seu rosto, para sempre, porque só nEle
temos salvação e alegria.
Efésios 3.2-6
Graças Te damos porque nos incluíste na Aliança da Tua
Graça, em ter nos dado Jesus Cristo, Teu Filho, para ser nosso Salvador e
Senhor, conforme nos diz o Evangelho; nos permites desfrutar das Tuas
promessas; faz-nos participantes vivos desta benção. Leve-nos a fazer com que
mais pessoas venham a usufruir da mesma alegria que nos dás.
Mateus 2.1-12
ORAÇÃO POR ILUMINAÇÃO
Que a Tua Palavra nos leve a nos encontrarmos com
Jesus, o Cristo, para O adorarmos. Fale conosco assim como falaste com as
pessoas que viveram aquele momento de modo tão íntimo e vivo. Que a Tua
Palavra, também, nos faça ver que o Senhor está diante de nós.
BENÇÃO
Que o Senhor esteja com você todos os
dias, de tal maneira que você seja muito alegre, porque Ele te defende, te ajuda, te
protege em todas suas necessidades e dificuldades.
Que o seu coração esteja aberto ao júbilo
e à alegria, isto é,
que você viva com prazer, a vida que Ele
te dá.
Deus está junto de nós em todos os
momentos.
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