domingo, 13 de janeiro de 2013

Enfrentando quando nada dá certo


O que fazer quando os problemas não são resolvidos, mas ao invés disto, outros surgem, e a situação que já era difícil, piora ainda mais?
Talvez você esteja enfrentando situações que dão sinais de que os problemas além de não terem diminuído, antes tudo se complicou mais ainda.
O Salmo 71, nos ilustra bem esta situação.
O envelhecimento chegou para o salmista de tal maneira, que os seus problemas aumentaram.
Ele não pode mais contar com ele mesmo, como antes. As limitações chegaram aos poucos, e de modo implacável avançaram a cada dia, deixando-o abalado.
Ao invés de viver sem problemas seus últimos dias de vida, conforme, provavelmente, seja o sonho de todos nós, para ele a longevidade era um grande e difícil problema.
Aos outros ele é tido como um “portento” – vs. 7 – alguém que ainda consegue vencer as situações com a mesma disposição que sempre demonstrou, como se fosse um milagre, mas ele sabia que não era mais o mesmo, mas que só se mantinha de pé porque o Senhor estava com ele. 
Suas “forças” estão faltando – vs. 9 – ele estava vivendo na pele o que o escritor dos Eclesiastes – 12.1-7 – descreve acerca da última fase da vida dos homens – o envelhecimento.
Para Salomão, o envelhecimento é o período em que se diz, ainda que no íntimo e na solidão do quarto:
que não se tem mais alegria e tudo se torna cansaço e aborrecimento; que não se tem mais as mesmas possibilidades;
que as oportunidades passam a ser consideradas como limitações, como impedimento de fazer o que faria, se fosse mais jovem;
que o trabalho se torna algo penoso, e não mais como um serviço em benefício próprio, porque os braços e pernas estão fracos, isto é, a massa muscular não consegue mais sustentar o corpo, não podendo ir onde gostaria de estar, que quando era jovem, certamente realizaria, sem considerar obstáculo algum;
que os olhos não são mais os mesmos: o prazer de enxergar as belezas da natureza não é mais possível, o encantar-se com a leitura, já se tornou dificuldade, com a desculpa do tamanho da letra;
que para viver alguns dias a mais, depende de remédios para quase tudo: para a pressão, para dormir, para abrir o apetite, para respirar melhor, etc.
O envelhecimento é problema, quando não se pode falar desimpedidamente, porque os lábios perderam a elasticidade e ficaram murchos, ou então, o que é mais comum e infelizmente mais triste, não se pode dizer o que se quer, porque logo é censurado pelos familiares, que nunca foram autorizados a responder por nossa vida e se intrometem em assuntos, que antes eram tratados com independência e liberdade, ou então, porque os lábios não acompanham mais a memória, que falha e impedem de falar das lembranças mais recentes, e nos deixam amargurados pelas lembranças mais desagradáveis do passado, ou ainda, as palavras saem fracas e tremidas, como que volta a ser criança, pela necessidade de fazer uso dos profissionais da fonoaudiologia.
Quando não se ouve bem, e que às vezes, mesmo fazendo limpeza dos ouvidos, ainda assim precisa de aparelho auditivo, e há momentos quando se percebe que as pessoas ficam incomodadas, apesar do esforço que se faz para, simplesmente, ouvir, e as pessoas não percebem que é a pessoa que está incomodada com a baixa audição.
Quando o apetite alimentar não é mais o mesmo. A dieta alimentar é sem graça; não pode mais comer do que mais gosta e quer, porque a taxa de colesterol está acima do normal.
Quando sente que a morte está mais perto do que nunca, e que o fim é muito triste.
E, para piorar ainda mais a situação, que já não é agradável, como se fosse possível piorar o que já está complicado, quando alguns fatos aborrecem, entristecem e preocupam. Ou seja, ao invés de descansar em paz, como desejou a velhice, fica-se espantado e assustado com o que se vê. 
Voltando ao Salmo 71, o salmista acrescenta que as angústias e os males aumentaram, ao invés de diminuírem – vs. 20.
Ao invés dos problemas serem resolvidos e a vida tomar um rumo de alegria e felicidade, é como se o coração ficasse mais apertado, porque não se tem mais a energia, o entusiasmo de quando era jovem.
Não é mais a mesma pessoa, que antes não se preocupava com certas coisas, mas que agora as consequências parecem ser piores e aumentaram mais, à medida que a consciência de que não se é mais o mesmo.
É como se repetisse o que acontecera na adolescência – não era mais criança, mas também não era jovem, e assim, viveu durante um certo tempo, sem saber o que realmente é.
Mas, não é só biologicamente que sofremos as limitações físicas da vida, em que as barreiras se tornam instransponíveis. Psicologicamente, ou emocionalmente, também passamos por situações semelhantes, isto é, vivemos situações que os problemas não diminuem:
a auto-estima não se eleva;
a irritação, mau humor e atitude pessimista em relação à vida continuam tirando a alegria de viver;
o interesse sexual diminui;
a ansiedade aumenta;
a depressão continua a nos engolir vivos;
o egoísmo e a pretensão se fortalecem; etc.
E, emocionalmente abalados, nosso sistema de defesa enfraquece e facilmente contraímos doenças oportunistas: gripes e resfriados; dores de cabeça crônicas; úlceras nervosas; doenças de fundo emocional, que os exames médicos não conseguem diagnosticar; e tudo isso, nos leva a desenvolver vários tipos de câncer ou doenças degenerativas, como Mal de Alzheimer, entre outras.
Deixemos para os diversos especialistas das áreas médicas e outras, os conselhos para que a vida biológica seja o mais saudável possível, mas tomemos os textos bíblicos – Salmo 71, Jeremias 1.4-5, 17-19, I Coríntios 12.31-13.13, Lucas 4.21-30, como instruções para nossa alma, do que podemos fazer quando os problemas não são resolvidos, mas ao invés disto, outros surgem e a situação que já era difícil, piora ainda mais.
Jeremias 1.4-5, 17-19 – nos diz: “cinge os lombos, dispõe-te e fique firme como uma cidade fortificada, como uma coluna de ferro e como muros de bronze. Muitos pelejarão contra você, mas não prevalecerão, porque Eu sou contigo”.
É como dissesse: “Eu estou com você. Mesmo quando as situações já poderiam estar melhores, mas ao contrário, outros problemas apareceram, e tudo se tornou mais difícil. Confie em mim, apesar de tudo. Eu estou com você e o livrarei”.
São muitas as palavras do Salmista – 71 – do que podemos fazer quando ao invés dos problemas serem resolvidos, outros surgem, e a situação que já era difícil, piora ainda mais:
Orar por você mesmo;
apresente sua vida todos os dias a Deus;
peça a Deus para que Ele seja a Tua Rocha firme, quando as situações pioram;
apoie-se sempre nEle;
seja Ele a Tua esperança e sua única ajuda;
não se esqueça de louvar a Deus, ainda que só com palavras, mas que seja de dia e de noite;
louve a Deus, não é só cantar, mas falar do que Ele já fez por você, mesmo que seja só para você, mas conte aos outros também, mas não se esqueça de louvar a Deus, com a música também - não sufoque a música que existe dentro do teu peito, cante bem alto e com alegria;
lembre-se que você pode ser a única prova do milagre de que Deus está com os homens;
ainda que você esteja velho, não se afaste dos jovens para que eles sejam instruídos pelo seu testemunho de vida;
ainda que você enfrente problemas maiores e tristezas piores, confie no Senhor que lhe devolverá a alegria de viver e entusiasmo, mesmo quando for velho ou velha, da mesma maneira, quando você era criança;
não se esqueça que Deus é o mesmo desde a sua infância.
Na experiência do Apóstolo Paulo – I Coríntios 12.31-13.13 – o que podemos fazer quando os problemas não são resolvidos, mas ao invés disto, outros surgem, e a situação que já era difícil, piora ainda mais, está em tomarmos uma atitude de amor pela vida:
É o amor pela vida que nos faz andar de mãos dadas uns com os outros, apesar das nossas diferenças;
sermos sensíveis à beleza, apesar de às vezes o medo querer nos deformar;
sermos bondosos, apesar da violência e a crueldade que muitos estão tomando como normas da existência;
sermos verdadeiros, não pelo amor da verdade que fere e não ajuda a esquecer as fraquezas de que se é possuído, e que tortura o semelhante, mas sermos verdadeiros para conosco mesmos, isto é, não fugirmos de nossas fraquezas e maldades, do quanto somos culpados pela infelicidade dos outros, sermos verdadeiros para conosco mesmos, de nos encararmos de frente, de quanto ódio temos dentro de nós, de quanto nos achamos melhores do que os outros. 
Para Jesus, o que podemos o que fazer quando os problemas não são resolvidos, mas ao invés disto, outros surgem, e a situação que já era difícil, piora ainda mais? – conforme Lucas 4.21-30:
não desista do bem, ainda que por causa disso, você arrume inimigos;
lembre-se: você não está aqui para fazer aos outros, nem que esperam de você, para que você seja amigo deles - você está aqui para fazer aos outros, algo que atenda às necessidades deles;
faça como Jesus, não se iguale aos que querem que pense como eles, só porque é maioria;
passe por entre a multidão e deixe de lado os que querem obrigá-lo a ser igual a eles;
seja como Jesus.

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